sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meu querido vizinho!




Minha amada madrinha Marcia, moradora da casa 95, em Lelystad, na Holanda me contou o caso abaixo.

Repasso a história da Marcia, integralmente:

Vizinha casa 91: está grávida de oito meses da segunda filha e não tem televisão por opção, porque quer aproveitar mais da vida e, durante a copa, tem pedido pra assistir os jogos da Holanda aqui em casa, mas no ultimo jogo (Holanda X Uruguai) dissemos que não estaríamos em casa, pois iríamos no aniversário da vizinha da casa 93 ( lembrando que eu, Marcia, moro na casa 95).

Vizinha casa 93: fomos a festa na casa dela e faltando 5 minutos para o jogo, aparece a vizinha casa 91 e pede para assistir o jogo lá. A vizinha 93 respondeu: Não, estou numa festa com meus amigos e é meu aniversário. E a outra argumentou: estou sozinha em casa e você sabe que não tenho televisão.

A vizinha 93 respondeu: Isso é problema seu, a opção de não ter televisão é sua.(fiquei passada….)Aí a 91 pediu pra falar comigo e com meu marido. Ela entrou e pediu pra assistir lá em casa.Fiquei numa saia justa danada, mas pedi pra Jakob ir com ela e ligar a tv (são três controles) e Jakob voltou e ficamos assistindo o primeiro tempo na casa da vizinha 93 e no Segundo tempo fomos pra casa.

Ainda bem que quando voltamos pra casa ela (a vizinha 91) não comentou nada.

Que situação……o que vc acham? Eu acho que as duas estão erradas e que a falta de gentileza impera aqui.

No dia seguinte a vizinha 93 me perguntou o que achei e eu disse que a situação era difícil, mas que eu jamais teria dito o que ela falou, embora talvez tivesse pensado. Todavia, se tivesse feito isso ia me sentir a pior pessoa do mundo...e ela me disse...estou me sentindo assim.

Aí pensei: nem tudo tá perdido...

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Mandei um e-mail para minha madrinha comentando o assunto e, resumidamente, eis o que acho:

De certo faltou gentileza da vizinha da casa 93, apesar dela estar certa.

E quanto a vizinha da casa 91: Ela poderia ter uma televisão e administrar o tempo que passa na frente dela, oras!

No fim das contas, acho que a vizinha da casa 91 é (um pouco) folgada e a da casa 93 foi ríspida demais.

Eu, como tenho coração mole, teria cedido.


É o tipo da situação que não valeria a pena criar um impasse, afinal, as pessoas já vivem tão conturbadas e se eu pudesse desatar uma questão como essa, teria feito.

Viver em comunidade tem disso. Existem problemões e probleminhas...aqueles exigem atitude, esses merecem ser relevados.

Partindo do fato de que a vizinha da casa 91 nunca me fez nada, nunca me desacatou, sendo apenas uma pessoa que tenho pouco contato, eu relevaria a situação, deixaria a vizinha entrar e, quem sabe, aproveitaria para conhecer melhor a pessoa que poderia até virar uma amiga.

Pra que agir a ferro e fogo todas as vezes? Será mesmo necessário levar tudo tão a sério?

E vocês, Rafa e Mi? O que acham?

Um comentário:

  1. Passei por uma situação parecida mas bem diferente. Moro em um apartamento e tenho como regra não entrar de sapato em casa. Meus amigos conhecem a regra e respeitam. Semana passada, alguns amigos vieram e um deles trouxe a namorada nova.
    Eu já estava na sala quando escutei a menina reclamando que se recusava a tirar o sapato. Ela simplesmente foi entrando.
    Fiquei sem reação, e expliquei para ela que eu não gostava de sapato em casa. A menina me olhou e falou: me recuso a tirar meu sapato.
    Fiquei tão boba com o jeito que ela falou que respondi: me desculpa, mas então você não vai entrar.
    Ela foi embora com meu amigo, eu me senti super mal por ter dito aquilo. Mas existem tantas maneiras de você falar com o dono da casa. Ela simplesmente foi rude e eu acabei respondendo a altura.
    Fiquei péssima.

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