O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com o aniversário do grande escritor baiano, Castro Alves, autor de renomadas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes".
Como dizem, quem é vivo sempre aparece...Depois de um tenebroso inverno, volto a postar em homenagem ao dia 14 de março, Dia da Poesia, dia da arte literária que, como arte, recria a realidade.
Meu poeta preferido é Fernando Pessoa, português, nascido em 13/06/1888, em Lisboa, que sabia como ninguém por no papel aquilo que vai na alma, e que quando perguntado sobre sua biografia dizia, com todo sentido:
Como dizem, quem é vivo sempre aparece...Depois de um tenebroso inverno, volto a postar em homenagem ao dia 14 de março, Dia da Poesia, dia da arte literária que, como arte, recria a realidade.
Meu poeta preferido é Fernando Pessoa, português, nascido em 13/06/1888, em Lisboa, que sabia como ninguém por no papel aquilo que vai na alma, e que quando perguntado sobre sua biografia dizia, com todo sentido:
"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus."
Em homenagem ao dia 14 de março compartilho a minha poesia favorita:
O amor, quando se revela...
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
EEEEEEEEEEE!!! ALELUIA!!!
ResponderExcluirBeijos!
bem vinda de volta, fernanda!
ResponderExcluirqto ao poema, meu favorito é esse:
Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade